Asma
Asma é um termo que muitas vezes causa medo porque está associado à dificuldade em respirar e traz a ideia de risco iminente de morte, mas atualmente há formas eficazes de tratamento e controle.
Também chamada de bronquite alérgica, bronquite asmática e asma brônquica, o termo asma designa uma condição em que as vias aéreas (brônquios e bronquíolos) se apresentam inflamadas, com as paredes inchadas, o espaço interno reduzido e aumento na produção de muco. Este conjunto aumenta a resistência à passagem do ar e causa a dificuldade em respirar.
De maneira geral, podemos dizer que a asma tem origem alérgica, apesar de haver a discussão no meio cientifico sobre a existência de um tipo de asma chamada de intrínseca, os achados clínicos e laboratoriais são muito parecidos e há a sugestão de que a asma intrínseca tenha, na realidade, um componente alérgico não conhecido.
A Asma é uma doença crônica de início precoce
O desenvolvimento da asma alérgica (também conhecida como bronquite asmática ou asma brônquica) se dá, tipicamente, até a adolescência e irá acompanhar o paciente ao longo de sua vida, o que requer acompanhamento em muitos casos.
Afeta proporcionalmente mais homens que mulheres e existe uma correlação entre a asma, rinoconjuntivite e dermatite atópica.
Tosse, chiado e dificuldade em respirar podem indicar Asma
Quando uma pessoa apresenta repetidamente uma reação respiratória com os sintomas de sensação de aperto no peito, dificuldade respiratória com aparente sufocamento, tosse esom de chiado, sibilo ou “miado de gato” ao respirar, isso pode ser um forte indicativo de um caso de asma alérgica, entretanto, a alergia precisa ser determinada com base no histórico do paciente, associado ao teste de sensibilidade cutânea a alérgenos (pricktest).
Com o conhecimento do histórico do paciente associado ao exame físico (especialmente em momentos de crise) e exames clínicos, o médico pode estabelecer o diagnóstico de asma de origem alérgica.
Evite a exposição a fatores que causem irritação respiratória
Os agentes causadores de crises de asma em pessoas sensíveis podem variar em sua natureza, origem e fatores ambientais, mas há alguns cuidados comuns a todos os pacientes.
Geralmente as fumaças são fatores que aumentam o risco do desenvolvimento de crises de asma, assim, é fundamental que seja evitado o contato com fumaça de cigarro e poluição. Além disso, produtos químicos como solventes orgânicos (usados em tintas e vernizes, por exemplo) também podem facilitar a ocorrência das crises.
Além de agentes químicos (como a fumaça e os solventes), agentes físicos podem contribuir para o agravamento do quadro, assim, é importante o cuidado em momentos de troca de estação do ano para diminuir os efeitos causados pela mudança na temperatura e umidade do ar.
Asma tem cura?
Em alguns casos já podemos dizer que há sim a possibilidade de cura, entretanto, atualmente ainda não dispomos de um tratamento curativo para todos os tipos de asma, mas possuímos conhecimento e instrumentos para o controle adequado dessa condição.
Como sempre, a prevenção é o melhor caminho, então a primeira linha de defesa para o paciente asmático é evitar a exposição ao agente causador, que deve ser determinado a partir do prick test.
Quando a exposição é inevitável e a crise se instala, podemos lançar mão de medicamentos para controle dos sintomas. Os mais famosos são os aerossóis com drogas broncodilatadoras e/ou anti-inflamatórias, as famosas “bombinhas”. Vale ressaltar que a escolha do melhor medicamento depende da avaliação criteriosa do médico, porque existem pelo menos dois tipos de bombinhas, aquelas para uso no momento da crise (broncodilatadoras) e para uso crônico, como profilaxia (anti-inflamatórias).
Como alternativa curativa para a asma, hoje há a possibilidade do uso de uma estratégia terapêutica chamada Imunoterapia alérgeno-específica, na qual o paciente é exposto ao alérgeno causador de sua asma em doses inicialmente muito baixas que são aumentadas ao longo do tempo até a dessensibilização do sistema imune. Entretanto, este tratamento apresenta riscos e deve ser realizado somente por um profissional habilitado para lidar com possíveis reações adversas e cada caso deve ser criteriosamente avaliado em sua individualidade.